terça-feira, 11 de dezembro de 2012

HPV Oral: preferencialmente masculino

O HPV (Human Papiloma Vírus ou Vírus do Papiloma Humano) é um agente causador de uma “verruguinha”, chamada papiloma. Estima-se que aproximadamente 90% das ocorrências de câncer do colo do útero estejam ligadas à presença desse vírus.


Do mesmo modo que o colo do útero, a boca também é uma mucosa e, cada vez mais, trabalhos são publicados relatando a presença de lesões causadas pelo HPV na boca, aumentando, assim, os riscos de câncer bucal.
Na boca, as lesões, em sua maioria, aparecem como pequenas verrugas, que podem ter a cor da pele ou apresentar uma camada esbranquiçada. No primeiro caso, sua observação é difícil, mas, na segunda possibilidade, a lesão pode ser reconhecida devido a uma leve semelhança com uma pequenina couve-flor.
Por ser transmitida por meio de autocontaminação ou contato orossexual. A prevenção da doença é a prática mais coerente, principalmente pelo fato de que o tratamento de alguns tipos de HPV não consegue a eliminação total do problema. Os tratamentos mais comuns são os cirúrgicos, com a retirada das lesões e análise em laboratório, mas, como o vírus permanece na mucosa, existe uma boa chance de que o problema apareça novamente e de que a cura definitiva não ocorra.
A infecção oral pelo HPV é mais comum entre os homens do que entre as mulheres. Enquanto o HPV entre as mulheres vem sendo discutido entre as autoridades de saúde há muito tempo, só mais recentemente se reconheceu que o HPV também é coisa de homem.
A nova descoberta – da maior prevalência do HPV oral em homens – pode explicar porque os homens são mais suscetíveis ao desenvolvimento dos cânceres de cabeça e pescoço, associados ao vírus.
Pacientes com HPV oral tipo 16 (HPV-16) têm até 14 mais chances de desenvolver um desses dois tipos de câncer. A correlação entre o HPV e o câncer oral somente foi estabelecida em 2007, por isso ainda não se sabe muito bem como detectar ou prevenir esses tipos de câncer. A nova pesquisa, realizada nos EUA, mostrou que 7% da população entre 14 e 69 anos de idade possuem o HPV oral. A surpresa é que o vírus é três vezes mais comum entre os homens (10,1%) do que entre as mulheres (3,6%).
Especificamente quanto ao HPV-16, a ocorrência é menor, 1% da população, mas, novamente, os homens se destacam – o vírus é cinco vezes mais comum entre os homens do que entre as mulheres. Este estudo da infecção oral pelo HPV, Universidade do Estado de Ohio, é o primeiro passo essencial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção do câncer orofaríngeo.

Posicionamento da Organização Mundial da Saúde
A OMS – Organização Mundial da Saúde recomenda que a vacinação rotineira contra HPV seja incluída nos programas nacionais de imunização, contanto que a prevenção do câncer de colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV representem uma prioridade em saúde pública; seja factível a introdução da vacinação através do programa nacional de imunização; a sustentabilidade do financiamento possa ser assegurada e a custo-efetividade das estratégias de vacinação no país ou região seja considerada.
Segundo a OMS, as vacinas contra HPV devem ser introduzidas como parte de uma estratégia coordenada para a prevenção do câncer colo do útero e de outras doenças relacionadas ao HPV, e, principalmente, não deve diminuir ou desviar recursos dos programas de rastreamento, pois a continuidade dos mesmos é imprescindível.
No caso da vacinação ser implementada, é necessário garantir o monitoramento e registro em longo prazo da cobertura alcançada; dados individuais da população vacinada; vigilância de efeitos adversos; impacto na prevalência de subtipos de HPV, incidência de condilomatose anogenital, anormalidades citológicas, lesões precursoras e câncer invasivo e mortalidade por câncer invasivo.

 Autora: Borges L
Fonte: http://www.odontomagazine.com.br/2012/12/11/hpv-oral-preferencialmente-masculino/

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Osteoporose é problema também para homem

A união entre fatores hereditários, hábitos pouco saudáveis e o inevitável envelhecimento podem trazer consequências, muitas vezes, irreversíveis. É o caso da osteoporose, que muitos acreditam ser tipicamente feminina. Isso porque, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% das mulheres com mais de 50 anos são atingidas.
Osteoporose é problema também para homemApesar de ser em menor porcentagem, o sexo masculino não está livre da doença: 10% dos homens, na faixa dos 50 anos, também desenvolve o problema. "Certamente os números são maiores, pois a osteoporose no homem é subdiagnosticada", enfatiza o dr. José Goldenberg, reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Embora tenha ossos mais fortes e largos, a combinação entre a perda natural de elementos minerais, baixa produção de hormônios masculinos (testosterona), histórico familiar e os maus hábitos de vida também afeta o sexo masculino, à medida que o volume da massa óssea é reduzido. "Com essas características, os ossos tornam-se mais finos e de extrema sensibilidade, com prejuízo de sua arquitetura. Dependendo do impacto, ficam mais sujeitos às fraturas", alerta o dr. Goldenberg.
A osteoporose no sexo masculino pode ser mais agressiva e perigosa do que no feminino, pois o pico de massa óssea (reserva de osso) ocorre entre 18 e 40 anos – mais tarde que na mulher, quando o pico fica entre 14 e 30 anos. Segundo o dr. Goldenberg, essa reserva tardia faz com que, depois dos 40 anos, o homem perca, a cada quatro anos, cerca de 10% do osso cortical, a camada mais externa e mais resistente, portanto a proteção.

Tipos de osteoporose

Osteoporose idiopática: atinge homens dos 20 aos 80 anos, com maior incidência depois dos 70 anos. Não há causa identificada para esse tipo da doença.
Osteoporose secundária: responsável por cerca de 30% a 60% das fraturas da coluna vertebral. Atinge homens de qualquer idade. Nesse caso, existem fatores de risco associados à perda e à modificação dos ossos.

Fatores de risco

Além do envelhecimento e do desgaste natural dos ossos, outros motivos podem ajudar a acelerar a doença, que atinge homens em qualquer idade. São dois tipos de fatores de risco:

Fixos

  • Idade
  • Constituição corpórea
  • Raça/etnia
  • Histórico familiar
  • Sexo

Modificáveis

  • Alcoolismo
  • Tabagismo crônico
  • Redução da taxa do hormônio masculino (testosterona)no organismo
  • Doenças reumáticas (artrite, por exemplo)
  • Transplante de órgão
  • Sedentarismo
  • Hipertireoidismo
  • Hiperparatireoidismo
  • Cirrose hepática
  • Doenças inflamatórias intestinais
  • Diabetes
  • Imobilização prolongada
  • Uso excessivo de medicamentos (como anticonvulsivantes, heparina, cortisona, hormônios tiroideanos, entre outros)

Prevenir é possível

A osteoporose deve ser prevenida. Os fatores de risco permanentes não podem ser evitados; entretanto, alguns cuidados ajudam a retardar o desenvolvimento da osteoporose, em razão dos fatores modificáveis.
Um ótimo caminho é começar pela alimentação balanceada, ingerir principalmente cálcio e vitamina D ou um banho de sol, pois ajudam a fortalecer e retardar a perda de massa óssea.
As atividades mais recomendadas são as que trabalham o equilíbrio, a resistência e o fortalecimento da massa muscular. Com isso, é possível prevenir quedas e eventuais fraturas
Outras formas de prevenção consistem em suspender o tabagismo, consumir moderadamente bebidas alcoólicas, café, chá e tomar medicamentos apenas com indicação médica. O mais importante é praticar exercícios físicos regularmente. “As atividades mais recomendadas são as que trabalham o equilíbrio, a resistência e o fortalecimento da massa muscular. Com isso, é possível prevenir quedas e eventuais fraturas”, sugere o dr. Goldenberg.
Essa doença demonstra poucos sintomas. Se não forem feitos exames preventivos para o seu diagnóstico, pode passar despercebida. “Quando ocorrem fraturas ou microfraturas, a pessoa sente dores agudas no local; assim, é possível desconfiar que o caso possa ser de osteoporose”, orienta o reumatologista. Outra forma de identificar a doença é quando a pessoa começa a ficar corcunda e perde altura progressivamente.

Tratamento sob medida

É possível descobrir a doença por meio da avaliação dos fatores de risco e de alguns exames, como o de densitometria óssea, que mede a massa óssea do possível portador. Com o resultado faz-se um pré-diagnóstico do grau de risco de fratura do paciente.
O tratamento é individualizado, dependendo de cada caso e deve sempre ser supervisionado por um especialista. “É possível prevenir e tratar a osteoporose, inibindo a perda de massa óssea ou estimulando sua formação, mas isso deve ser discutido apenas com o médico”, enfatiza o dr. Goldenberg.

Fonte:  http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/osteoporose-e-problema-tambem-para-homem.aspx

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Prevalência de periodontite.

Cerca de metade dos adultos americanos com 30 anos ou mais tem alguma forma de doença periodontal, de acordo com dados recentes do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CCDP).

 

“A doença periodontal é um importante problema de saúde pública nos Estados Unidos”, disse o estudo publicado no Journal of Dental Research , publicação oficial da Associação Internacional e Americana para Pesquisa Odontológica.
“Este estudo permitiu notar um quadro mais preciso do nível de ocorrência da doença periodontal na população adulta dos EUA”, disse Pamela McClain, presidente da Academia Americana de Periodontia e periodontista, em Aurora, Colorado.
“Nós agora temos uma medida precisa da prevalência da doença periodontal e podemos entender melhor a real gravidade e extensão da doença periodontal para o nosso país.”
Imaginem que 47,2% da população americana ou 64,7 milhões de americanos, sofrem de periodontite leve, moderada ou grave – de acordo com uma análise de dados coletados entre 2009-2010 pelo CCDP. As taxas de prevalência sobem para algo em torno de 70% de periodontites para os adultos acima de 65 anos.
Os dados indicam também disparidades de prevalência. A doença periodontal é maior em homens do que em mulheres, respectivamente 56,4 e 38,4%.
É mais alta nos mexicano-americanos (66,7%), do que em outras etnias. A taxa de prevalência é de 64,2% para os fumantes, 65,4% para os adultos que vivem abaixo da linha de pobreza e 66,9% para adultos que não tiveram acesso a educação.
A pesquisa incluiu, pela primeira vez um exame periodontal de boca toda, tornando esse o mais completo levantamento sobre saúde bucal já realizado nos Estados Unidos”, disse um comunicado de imprensa da Academia Americana de Periodontia (AAP).
Os dados corroboram a necessidade das pessoas realizarem avaliações periodontais mais abrangentes, no mínimo, anuais com um profissional da odontologia para terem chances de prevenir a evolução drástica estimada pelo estudo – recomendam os especialistas da AAP.
Isso inclui o exame todos os dentes e um exame periodontal clínico rigoroso, disse o Dr. McClain. “Muitos dos nossos pacientes têm doença periodontal e não sabem. Como profissionais de odontologia e saúde, é mais importante do que nunca oferecer aos pacientes uma avaliação periodontal anual para determinar o seu estado de saúde ou doença bucal “.
“Avaliamos uma alta carga de doença periodontal na população dos EUA, especialmente entre os adultos acima de 65 anos”, disse Paul Eke, Ph.D., autor principal do estudo e epidemiologista do CCDP.
“A doença periodontal também está associada com a idade. Como os americanos e populações de outros países vivem mais e desejam manter mais de seus dentes naturais, o controle da doença periodontal deve assumir um papel de mais importância na saúde bucal da população adulta dos EUA, do que antes se imaginava.
Manter um bom estado periodontal é importante para a saúde e o bem-estar da nossa população em fase de envelhecimento. Nossos resultados suportam a necessidade de programas de saúde pública para melhorar a saúde bucal de adultos… “, afirmou o Dr. Eke.
“Nós sabemos agora que a doença periodontal é uma das mais prevalentes doenças não transmissíveis da nossa população superando outras doenças crônicas como as doenças cardiovasculares e o diabetes”, disse o coautor Dr. Robert Genco, Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York em Buffalo e IADR.
Estudos NHANES são projetados para avaliar a saúde e estado nutricional de adultos e crianças nos Estados Unidos. O estudo “Prevalência de periodontite em adultos nos Estados Unidos: 2009 e 2010″, estimou a prevalência, gravidade e extensão da periodontite na população dos EUA adulto.
As estimativas foram obtidas a partir de uma amostra de 3.742 civis, não institucionalizados adultos entre 30 anos e mais velhos com um ou mais dentes naturais.

Adaptado de Craig Palmer pelo Prof. Rodrigo G. B. Moraes.
Fonte: http://www.odontomagazine.com.br/2012/11/26/prevalencia-de-periodontite/

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine

Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine
Estudo randomizado avalia efeito de leguminosas como parte de uma dieta de baixo índice glicêmico no controle da glicemia e de fatores de risco cardiovasculares em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
Jenkins e coautores, da Universidade de Toronto, no Canadá, realizaram um estudo sobre alimentos com baixo índice glicêmico no diabetes mellitus tipo 2, tendo como foco as leguminosas ou uma dieta com alto teor de fibras. A pesquisa controlada por placebo foi publicada pelo Archives of Internal Medicine.
Leguminosas incluindo feijão, grão de bico e lentilha estão entre os alimentos de menor índice glicêmico (IG) e têm sido recomendados nas Diretrizes sobre Diabetes Mellitus (DM). No entanto, elas ainda não foram utilizadas especificamente para reduzir o índice glicêmico da dieta.
Um total de 121 participantes com diabetes mellitus (DM) tipo 2 foram randomizados para uma dieta rica em leguminosas de baixo IG, encorajando os participantes a aumentar a ingestão de leguminosas em pelo menos um copo por dia ou a aumentar a ingestão de fibra insolúvel pelo consumo de produtos com trigo integral por 3 meses. O desfecho primário foi a alteração nos valores da hemoglobina A1c (HbA1c) calculando-se secundariamente o escore de risco de doenças cardíacas coronarianas (CHD).
Os resultados da dieta rica em leguminosas de baixo IG reduziu os valores de HbA1c em 0,5% e os da dieta rica em fibras de trigo reduziu os valores de HbA1c em 0,3%. A redução relativa nos valores de HbA1c após a dieta leguminosa de baixo IG foi maior do que após a dieta rica em fibra de trigo. A redução do risco de doença coronariana com a dieta de leguminosas de baixo IG foi de 0,8%, em grande parte devido a uma maior redução relativa da pressão arterial sistólica, em comparação com a dieta rica em fibra de trigo.
A incorporação de leguminosas como parte de uma dieta de baixo IG melhorou tanto o controle glicêmico, quanto reduziu o risco calculado de doenças coronarianas em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
Fonte: Archives of Internal Medicine, publicação online, de outubro de 2012

NEWS.MED.BR, 2012. Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/323940/leguminosas-em-dieta-de-baixo-indice-glicemico-melhoram-controle-glicemico-e-reduzem-risco-de-doencas-coronarianas-em-diabeticos-tipo-2-segundo-artigo-do-archives-of-internal-medicine.htm>. Acesso em: 29 out. 2012.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Anvisa publica lista de alimentos com alto teor de sódio. Biscoito de polvilho e queijo branco estão entre eles

Anvisa publica lista de alimentos com alto teor de sódio. Biscoito de polvilho e queijo branco estão entre eles
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo máximo de 2 gramas (g) de sódio por dia. Um pacote de biscoito de polvilho de 100 g possui, em média, mais da metade de toda a quantidade de sódio que uma pessoa deve consumir durante todo o dia. É o que aponta um estudo divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O hambúrguer bovino também apresentou um alto teor de sódio: na média 701 mg de sódio para cada 100 g de produto. Isso significa que um pedaço de carne de hambúrguer (cerca de 80 g) é responsável por mais de ¼ do total de sódio que uma pessoa deve consumir durante todo o dia.
O estudo da Anvisa também analisou os teores de sódio nos queijos. Uma amostra do queijo parmesão apresentou o maior valor absoluto de sódio, entre todas as 500 amostras da pesquisa, e atingiu a marca de 3052 mg do nutriente para cada 100 g do produto. Em segundo lugar, ficou a versão ralada do queijo parmesão. Neste caso, em uma das amostras, o teor de sódio encontrado foi de 2976 mg para cada 100 g de produto. A média de sódio no parmesão foi de 1402 mg a cada 100 g de produto. No caso do parmesão ralado, esse valor sobe para 1981 mg, valores muito superiores à média de sódio nos demais tipos de queijo analisados.
Outro ponto avaliado pela pesquisa foi a variação do teor de sódio entre as diversas marcas de um mesmo alimento. Neste quesito, os queijos minas frescal, parmesão e a ricota fresca lideraram a lista. Essa variação na quantidade de sódio entre as diversas marcas reafirma a necessidade dos consumidores de observarem os rótulos dos alimentos industrializados.
A média do teor de sódio no macarrão instantâneo ficou em 1798 mg para cada 100 g do alimento. Esse valor está dentro do pactuado, em abril de 2011, entre o Ministério da Saúde e as associações das indústrias de alimentos para reduzir a quantidade de sódio nesses alimentos. O acordo prevê o valor máximo de 1920,7 mg de sódio para cada 100 g de macarrão instantâneo. Entretanto, o estudo da Agência também detectou problemas. Em termos de valor absoluto, o valor máximo de sódio encontrado em uma amostra de macarrão instantâneo foi de 2.160 mg para cada 100g de alimento, valor maior do que o acordado entre as indústrias e o Ministério da Saúde. Vale lembrar que, neste caso, já está contabilizada a quantidade de sódio presente do tempero pronto que acompanha esses alimentos.
O consumo excessivo de sódio é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, tais como cardiopatias, obesidade, neoplasias, diabetes mellitus, entre outras. “Se atingíssemos a meta da OMS seria possível reduzir em 15% os óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) e em 10% os óbitos por infarto”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, Agenor Álvares.
Algumas orientações para reduzir o sal na dieta:
  • Além de observar o rótulo dos alimentos industrializados, a Anvisa orienta que o consumidor experimente os alimentos antes de adicionar mais sal.
  • Diminuir gradativamente o sal nos alimentos. O paladar se adapta à redução gradual da quantidade de sal nos alimentos, por isso, isso não vai afetar a percepção do sabor dos alimentos.
  • Lembrar que alimentos frescos sempre têm menos sal. Por isso, é necessário equilibrar as refeições com saladas e frutas.
  • A população deve utilizar outros temperos naturais como ervas aromáticas, alho, cebola, pimenta, limão, vinagre e azeite para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos, evitando o uso excessivo de sal. “A redução do consumo de sal pode ser iniciada com atos simples, como a retirada do saleiro da mesa”, complementa Álvares.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foi resultado de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, o aumento da pressão arterial no mundo é o principal fator de risco de morte e o segundo de incapacidades por doenças cardíacas, acidente cérebro vascular e insuficiência renal.
Dados do IBGE indicam que, em 2009, uma em cada três crianças brasileiras na faixa de 5 a 9 anos estava com sobrepeso, sendo que a obesidade atingiu 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas. Durante o período de 1974 a 2009, a prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, passou de 3,7% para 21,7% no sexo masculino e de 7,6% para 19,4% no sexo feminino. Nesse mesmo período, o sobrepeso na população adulta masculina passou de 18,5% para 50,1%, enquanto que na feminina foi de 28,7% para 48%.
 Veja a íntegra do estudo da Anvisa em:
 http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9155f6804d19a2fb9bb8ff4031a95fac/INFORME+T%C3%89CNICO+2012-+AGOSTO.pdf?MOD=AJPERES

Fonte: Anvisa
NEWS.MED.BR, 2012. Anvisa publica lista de alimentos com alto teor de sódio. Biscoito de polvilho e queijo branco estão entre eles. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/saude/322800/anvisa-publica-lista-de-alimentos-com-alto-teor-de-sodio-biscoito-de-polvilho-e-queijo-branco-estao-entre-eles.htm>. Acesso em: 24 out. 2012.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A importância dos dentes de leite

   Os dentes decíduos, popularmente chamados de dentes de leite, podem estar presentes na vida da criança a partir dos seis meses de idade.Estes possuem um ciclo biológico curto, permanecendo na cavidade bucal por volta de 10 anos. Ou seja, comparando com um dente permanente, o decíduo está presente na boca por um tempo muito menor. Além disso, se não houver nenhuma anomalia de desenvolvimento, o dente decíduo deverá ser o sucedido por um permanente.
Considerando esses pontos, frequentemente ouve-se o seguinte questionamento em relação aos dentes decíduos por parte de profissionais da área da Odontologia, pacientes e familiares: “Como os dentes decíduos permanecem pouco tempo na boca e são substituídos pelos permanentes, por que devemos preservá-los e tratá-los?” O ideal seria que essa pergunta fosse respondida da seguinte maneira: “Embora os dentes decíduos tenham o ciclo biológico curto, devem permanecer na cavidade bucal para desempenhar funções, como estética, fonética, deglutição, mastigação e oclusão”. Por exemplo, uma criança com três anos e perda precoce dos incisivos centrais superiores apresentará grande prejuízo para sua estética e pode ter alterações comportamentais decorrentes desse comprometimento. Além disso, terá dificuldades para mastigar devido à falta desses elementos.
A língua poderá passar a ocupar um posicionamento inadequado, alterando a oclusão e a fonética. Outro caso muito frequente ocorre quando há perda precoce dos segundos molares decíduos. Com isso, o primeiro molar permanente mesialisa, ocupando o espaço que será sucedido pelo segundo pré-molar permanente. Ou seja, o desenvolvimento do sistema estomatognático e a qualidade de vida da criança ficam comprometidos.
Fica claro, portanto, que a manutenção dos dentes decíduos no arco dentário até a época mais próxima da esfoliação é de extrema importância para o desenvolvimento geral e da cavidade bucal da criança.
Entretanto, muitas vezes alguns profissionais da área de Odontologia e familiares da criança têm dificuldade de entender essa importância. Por isso, cabe ao dentista que atende crianças, principalmente ao Odontopediatra, a conscientização da importância dos dentes decíduos, para poder orientar, da melhor forma, os seus colegas e a família do paciente.
Desde a prevenção até tratamentos endodônticos poderão e deverão ser realizados para que o ciclo biológico do dente decíduo se complete. Caso seja inevitável a exodontia, um mantenedor de espaço estético e funcional deverá ser indicado. Não se pode esquecer que não tratar dentes de leite cariados ou com comprometimento endodôntico também afeta e, até mesmo, interrompe o desenvolvimento do sucessor permanente.
A Odontopediatria é a especialidade que cuida do bebê até a adolescência, ou seja, acompanha todo o desenvolvimento da cavidade bucal da criança e preza pela integridade dos dentes decíduos. Dessa forma, deve partir dos Odontopediatras a valorização dos dentes decíduos dentro da Odontologia. Esses profissionais são responsáveis por educar sobre a importância em preservar esses dentes e fazer com que a criança tenha um desenvolvimento saudável da cavidade bucal.

Referências
1. Guedes-Pinto AC. Odontopediatria: São Paulo: Editora Santos, 2010, 8a edição.
2. Correa MSNP. Odontopediatria na primeira infância. Editora Santos, 2011, 3a edição
3.  Revista Odontomagazine 03/09/2012
Autora: Moura A.C.V.M.

 

 

 

 

 

 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Esporão do calcâneo: tem jeito de aliviar a dor?

Esporão do calcâneo: tem jeito de aliviar a dor?O que é o esporão do calcâneo?
O esporão do calcâneo é uma condição óssea degenerativa (artrose ou artrite), constituindo-se de uma espícula óssea que se desenvolve na parte anterior do calcâneo (osso do calcanhar). O calcâneo é o osso de maior tamanho em toda a estrutura óssea do pé e suporta todo o peso do corpo, sofrendo um impacto intenso e constante.
Há duas espécies de esporão do calcâneo:
  • Inferior: comprometimento da fáscia plantar.
  • Posterior: comprometimento da bolsa retrocalcânea.
Quais são as causas do esporão do calcâneo?
O esporão do calcâneo afeta principalmente as mulheres, entre 40 e 50 anos, praticantes de caminhadas ou corridas e aquelas que trabalham em pé por longos períodos ou as que sofrem com o sobrepeso. Mas ele pode afetar também os homens.
A planta do pé é composta por estruturas elásticas (músculos) e rígidas (fáscias). Na prática, essas estruturas aumentam a eficiência do impulso executado quando o calcanhar se distancia do solo. Quando há um esforço excessivo nesta região podem ocorrer fissuras e inflamações da fáscia. Isso pode ocorrer em virtude da retração do tendão de Aquiles ou de pés com a curvatura anômala.
O esporão do calcâneo pode não ter causa específica.
Quais são os sinais e sintomas do esporão do calcâneo?
O esporão é frequente entre desportistas, pessoas com excesso de peso e pessoas com pé cavo ou pé plano.
Raramente o esporão causa inflamação visível, avermelhamento ou outro sinal aparente. A dor é o principal sintoma e começa já com os primeiros passos do dia. Geralmente é uma dor pulsante na zona plantar do calcanhar, mas há também uma dor de repouso e ao colocar o pé no calçado.
Deve-se estar advertido de que nem toda dor no calcanhar é esporão e há esporões que não doem.
Como o médico diagnostica o esporão do calcâneo?
O esporão de calcâneo pode ser diagnosticado através do relato dos sintomas e de um exame físico adequado. A radiografia ajuda a confirmar o diagnóstico.
Como o médico trata o esporão do calcâneo?
Inicialmente, o tratamento consiste em alongamento do tendão de Aquiles e da fáscia plantar e no uso de uma palmilha de silicone para o calcanhar. Geralmente, em oito semanas esse tratamento beneficia 90 a 95% dos pacientes.
Para os que não se beneficiam, existem duas opções:
  • Injeções de corticoide na fáscia plantar.
  • Uso do night splint (tala noturna), que imobiliza o tornozelo e alonga a fáscia plantar
Só 5% dos pacientes demandarão medidas cirúrgicas, que podem não apresentar uma resposta muito boa.
Como evolui o esporão do calcâneo?
Os sintomas do esporão do calcâneo são bem controlados com a fisioterapia, palmilhas e calcanheiras de silicone. A maioria dos casos dolorosos de esporões do calcâneo cura-se somente com o uso de anti-inflamatórios e de sapatos confortáveis.
Como prevenir o esporão do calcâneo?
Existem algumas medidas que não tratam o esporão, mas minoram os sintomas que ele causa:
  • Usar sapatos com amortecedores e salto de no mínimo 2,5 cm de altura.
  • Usar sapatos fechados e protegidos.
  • Evitar ficar em pé por tempo prolongado.
  • Controlar o excesso de peso corporal.
  • Fortalecer a musculatura da planta do pé.
  • Não fazer corridas ou saltos sem a adequada preparação da musculatura do pé.
  • Usar calçados adequados às diversas práticas esportivas.
  • Fazer rolamentos com uma bola elástica (aquelas que têm umas pontas mais salientes) nos pés. Estes exercícios devem ser feitos três vezes ao dia, repetindo os rolamentos umas cem vezes.
Fonte:
ABC.MED.BR, 2012. Esporão do calcâneo: tem jeito de aliviar a dor?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/311700/esporao+do+calcaneo+tem+jeito+de+aliviar+a+dor.htm>. Acesso em: 8 ago. 2012.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Mau controle glicêmico em diabéticos pode contribuir para declínio cognitivo em idosos.

Mau controle glicêmico em diabéticos pode contribuir para declínio cognitivo em idosos, publicado pelo Archives of Neurology
Para determinar se os casos antigos e os casos novos de diabetes mellitus (DM) aumentam o risco de declínio cognitivo e se, em idosos com DM, o mau controle glicêmico está relacionado a um pior desempenho cognitivo, foi realizado um estudo de coorte prospectivo, com um total de 3.069 idosos (idade média de 74,2 anos; 42% negros e 52% do sexo feminino).
Os participantes completaram os testes conhecidos como Modified Mini-Mental State Examination (3MS) e Digit Symbol Substitution Test (DSST) no início do estudo e em intervalos selecionados durante dez anos. O diabetes mellitus foi determinado no início e durante visitas de acompanhamento. A hemoglobina glicosilada foi medida no primeiro, quarto, sexto e décimo anos de seguimento a partir do sangue total.
No início do estudo, 717 participantes (23,4%) tinham DM (casos prevalentes) e 2.352 (76,6%) estavam sem DM, 159 dos quais desenvolveram a doença durante o seguimento (casos incidentes). Os participantes com DM (casos prevalentes) apresentaram menores escores basais dos testes do que os participantes sem a doença. Entre os participantes com DM prevalente, o nível maior de hemoglobina glicosilada foi associado à menor média de escores, mesmo após ajuste multivariado.
Concluiu-se que, entre os participantes da pesquisa, o DM e o mau controle glicêmico entre aqueles com DM estão associados a uma função cognitiva  pior e ao maior declínio cognitivo. Isto sugere que a gravidade da doença pode contribuir para o envelhecimento cognitivo acelerado.

Fonte: Archives of Neurology, publicação online de junho de 2012  
NEWS.MED.BR, 2012. Mau controle glicêmico em diabéticos pode contribuir para declínio cognitivo em idosos, publicado pelo Archives of Neurology. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/304905/mau-controle-glicemico-em-diabeticos-pode-contribuir-para-declinio-cognitivo-em-idosos-publicado-pelo-archives-of-neurology.htm>. Acesso em: 21 jun. 2012.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Hepatite B e C são doenças silenciosas e também são transmitidas pela boca? Faça o teste.

As hepatites B e C nem sempre apresentam sintomas. Só com exames de sangue é possível saber se você tem hepatite. Procure uma unidade de saúde.

As hepatites virais são doenças que provocam inflameção do fígado. Na maioria das vezes, não existem sintomas e as hepatites passam despercebidas. Em alguns casos ocorrem fadiga, falta de apetite, enjôo, vômito, urina escura, pele e olhos amarelados (icterícia), fezes esbranquiçadas.

Como se previnir?
  • Evite contato direto com o sangue. Não compartilhe materiais como: seringas, agulhas, canudos , cachimbos e utensílios para uso de drogas, escovas de dentes, barbeadores, navalhas, lâminas de barbear, alicates de cutícula.
  • Todo material para tatuagens, piercings e manicure deve ser individual ou esterilizado.
  • Use camisinha sempre
  • As gentantes também precisam fazer os teste no pré-natal.
Como as hepatites nem sempre apresentam sintomas, você pode ser portador e não saber. O diagnóstico e o tratamento precoce podem evitar a evolução para cirrose ou câncer de fígado, sendo o exame de grande importância.
O teste é um direito seu assegurado pelo SUS

Contra a hepatite B tem vacina.

 A vacina está disponível no SUS para todas as pessoas abaixo de 24 anos. Acima desta idade, ela é também oferecida em outras situações como:
  • manicure
  • usuários de drogas
  • hemofílicos
  • profissionais do sexo
  • homens que fazem sexo com homens
  • pacientes que fazem hemodiálisse
  • portadores do vírus da hepatite C
  • portadores do HIV
  • bombeiros
  • policiais
  • profissionais da saúde.
Informe-se em uma unidade de saúde para saber se você também tem indicação para tomar a vacina.

 Hepatite é coisa séria

Fonte: Folder Fique Sabendo, Ministério da Saúde, SUS.
Mais informações: www.hepatitesvirais.com.br
  

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Fibromialgia. Você sabe o que é?

 Fibromialgia. Você sabe o que é?A fibromialgia é caracterizada por dor músculo-esquelética generalizada acompanhada de fadiga, prejuízo do sono, problemas de humor e de memória. Acredita-se que esta condição amplifica as sensações dolorosas, afetando a maneira como o cérebro processa os sinais de dor. As mulheres são muito mais propensas a desenvolver a patologia que os homens.
Os sintomas começam às vezes após um trauma físico, cirurgia, infecção ou estresse psicológico. Em outros casos, surgem gradualmente e se acumulam ao longo do tempo sem ter um evento desencadeante.
Embora não haja cura, uma variedade de medicamentos pode ajudar a controlar os sintomas. Exercícios físicos regulares, técnicas de relaxamento e redução do estresse também podem colaborar.
Quais são os sintomas?
A dor é descrita como constante e parece acometer todo o corpo. Há uma dor adicional quando exerce-se uma pressão firme em áreas específicas, os chamados “pontos sensíveis” ou “pontos fibromiálgicos”. São 18 pontos simétricos.
As localizações incluem:
  1. Região suboccipital (atrás da cabeça).
  2. No músculo trapézio (em cima do ombro e nas costas).
  3. Na região supraespinhal.
  4. No pescoço.
  5. Na articulação condrocostal (onde a segunda costela se insere no osso esterno).
  6. Nos joelhos (principalmente na parte de trás dos joelhos).
  7. Na região onde o fêmur se encaixa na bacia.
  8. Na região glútea.
  9. Do lado do cotovelo.
Pessoas com fibromialgia frequentemente acordam cansadas, apesar de terem dormido por longos períodos de tempo. O sono é interrompido pela dor e muitos pacientes apresentam outros distúrbios do sono, como a síndrome das pernas inquietas e a apneia do sono.
Muitos pacientes que têm fibromialgia também pode ter:
  • Fadiga
  • Ansiedade
  • Depressão
  • Endometriose
  • Dores de cabeça tensionais
  • Síndrome do intestino irritável
  • Distúrbios da articulação temporomandibular (ATM)
Caso você apresente alguns desses sintomas procure um clínico geral ou um reumatologista. Eles podem ajudar a esclarecer as suas dúvidas sobre esta e outras condições de saúde.
Quais são as causas?
A causa ainda é desconhecida, mas provavelmente envolve uma variedade de fatores que trabalham juntos. São eles:
  • Fatores genéticos. A fibromialgia tende a estar presente em membros de uma mesma família, podendo haver certas mutações genéticas que tornam mais suscetível o desenvolvimento da doença.
  • Infecções. Algumas doenças parecem desencadear ou agravar o quadro.
  • Traumas físicos ou emocionais. Transtorno de estresse pós-traumático tem sido associado à fibromialgia.
Por que as pessoas com fibromialgia sentem dor?
Existe atualmente uma teoria chamada de sensibilização central. Esta teoria afirma que pessoas com fibromialgia têm um limiar menor para dor por causa da sensibilidade aumentada no cérebro aos sinais de dor.
Os investigadores acreditam que haja um aumento anormal dos níveis de certas substâncias químicas (neurotransmissores) no cérebro responsáveis pelo sinal de dor. Além disso, os receptores cerebrais da dor parecem desenvolver uma espécie de memória e tornam-se mais sensíveis, ou seja, reagem mais aos sinais de dor.
Existem fatores de risco para a fibromialgia?
  • Sexo feminino. As mulheres apresentam mais a doença do que os homens.
  • História familiar. É mais provável que você desenvolva fibromialgia se tiver um parente já diagnosticado com esta condição.
  • Fatores reumáticos. Se você tem uma doença reumática, como artrite reumatoide ou lúpus, você pode ser mais propenso a desenvolver a fibromialgia.
A doença leva a alguma complicação futura?
A fibromialgia geralmente não leva a outras condições ou doenças futuras. Mas a dor e as alterações do sono podem interferir na sua habilidade para o trabalho. A frustração de lidar com uma condição muitas vezes incompreendida também pode resultar em depressão e ansiedade.
Como é feito o diagnóstico?
Seu médico provavelmente irá perguntar quais são os pontos dolorosos e a frequência da dor, se você tem alguma dificuldade para descansar ou acha que o seu sono não é um descanso reparador, se está se sentindo deprimido ou ansioso, se você apresenta alguma outra doença, etc.
No exame físico, o médico irá palpar os 18 pontos fibromiálgicos exercendo certa pressão no local.
Em 1990, o American College of Rheumatology (ACR) estabeleceu dois critérios para o diagnóstico da fibromialgia:
  1. Dor generalizada com duração mínima de três meses.
  2. Pelo menos 11 pontos fibromiálgicos positivos ao exame.
Não há nenhum teste de laboratório para confirmar o diagnóstico de fibromialgia, mas o médico pode precisar excluir outras condições que tenham sintomas semelhantes como doenças musculares e neurológicas. Para isso, às vezes são solicitados exames complementares como hemograma completo, velocidade de hemossedimentação (VHS), testes de função da tireoide dentre outros.
Existe tratamento?
Em geral, os tratamentos para a fibromialgia incluem medicação para reduzir a dor e melhorar o sono. A ênfase está em minimizar os sintomas e melhorar a saúde geral.
Podem ser usados analgésicos como o paracetamol e o tramadol, ou drogas antiinflamatórias não-esteroides (AINEs) como o ibuprofeno ou o naproxeno sódico.
Às vezes são necessários antidepressivos como duloxetina, amitriptilina ou fluoxetina. Consulte um médico. Só ele pode orientá-lo sobre o melhor tratamento para a sua condição.
Existem outros cuidados que ajudam no tratamento?
Alguns cuidados são fundamentais para o tratamento da fibromialgia:
  • Reduzir o estresse.
  • Dar-se um tempo a cada dia para relaxar.
  • Aprender a dizer não sem culpa.
  • Pessoas que param de trabalhar tendem a ficar pior do que aquelas que permanecem ativas.
  • Aprender técnicas de relaxamento.
  • Fazer uma atividade física orientada por um médico. Em um primeiro momento, o exercício pode aumentar a dor. Mas fazer isso de forma gradual e regular muitas vezes diminui os sintomas. Exercícios adequados incluem caminhada, ciclismo, dança, natação e hidroginástica. Um fisioterapeuta pode ajudá-lo a desenvolver um programa de exercícios em casa. Exercícios com levantamento de pesos parecem piorar os sintomas.
  • Exercícios de alongamento, melhora da postura (yoga, RPG, Pilates) e relaxamento também ajudam bastante.
  • Manter um estilo de vida saudável: comer alimentos saudáveis, limitar a ingestão de cafeína, fazer algo que você acha agradável todos os dias.
  • Alguns estudos indicam que a acupuntura ajuda a aliviar os sintomas da fibromialgia, enquanto outros não mostram nenhum benefício desta terapia.
  • Massagem. Ela envolve o uso de diferentes técnicas de manipulação dos músculos e dos tecidos moles. A massagem pode reduzir a frequência cardíaca, relaxar os músculos, melhorar a amplitude de movimento nas articulações e aumentar a produção de analgésicos naturais no organismo.
Fonte: ABC.MED.BR, 2011. Fibromialgia. Você sabe o que é?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/saude-da-mulher/182650/fibromialgia+voce+sabe+o+que+e.htm>. Acesso em: 17 mai. 2012.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Café pode diminuir o risco de desenvolver diabetes mellitus tipo 2 e não está ligado a maior risco para doenças crônicas

Alguns estudos já sugeriram que o consumo de café pode aumentar o risco de doenças crônicas. Estudo prospectivo, publicado pelo The American Journal of Clinical Nutrition, examinou a associação entre o consumo de café e o risco para algumas doenças, incluindo diabetes tipo 21 (DM2), infarto do miocárdio2 (IAM), acidente vascular cerebral3 e câncer4.
Dados de 42.659 participantes do estudo alemão European Prospective Investigation into Cancer4 and Nutrition (EPIC) foram utilizados para avaliar a relação entre o consumo de café e a tendência para desenvolver doenças crônicas. O consumo de café foi avaliado por questionário autoadministrado de frequência alimentar no início do estudo e os dados sobre a ocorrência de doenças crônicas clinicamente verificadas foram coletados por meio de processos ativos e passivos de seguimento.
Durante 8,9 anos de seguimento em média, observou-se 1.432 casos de diabetes tipo 21, 394 de infarto do miocárdio2, 310 de acidente vascular cerebral3 e 1.801 casos de câncer4, como primeiros eventos de qualificação. O consumo de café com cafeína ou descafeinado (≥ quatro xícaras ao dia em comparação com menos de uma xícara ao dia, uma xícara foi definida como 150 ml de café) não foi relacionado ao maior risco para doenças crônicas. O menor risco de diabetes tipo 21 foi associado ao consumo de café com cafeína ou descafeinado, mas as doenças cardiovasculares5 ou o risco de câncer4 não o foram.
Os resultados sugerem que o consumo de café não aumenta o risco de doença crônica, mas pode estar ligado a um menor risco de diabetes tipo 21.
Fonte: The American Journal of CLinical Nutrition, volume 95 de abril de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

Cirurgia bariátrica pode ser melhor do que o tratamento convencional do diabetes mellitus para algumas pessoas com a doença.


Dois estudos, publicados pelo New England Journal of Medicine, mostraram que a cirurgia bariátrica pode ser melhor do que o tratamento convencional do diabetes mellitus1 para alguns diabéticos obesos que não conseguem controlar a sua glicemia2. A cirurgia também ajudou a reduzir a pressão arterial e o colesterol3.
Os novos estudos são os primeiros a comparar rigorosamente o tratamento medicamentoso do diabetes4 às cirurgias de redução do estômago5 e desvio de intestino para controlar a doença. Os médicos já sabem que a cirurgia bariátrica pode, em algumas situações, melhorar o controle glicêmico de diabéticos tipo 2, mas faltavam dados concretos. A questão agora é se a cirurgia bariátrica, com seus riscos e complicações, deve ser mais largamente utilizada nesses casos. Alguns especialistas alegam que novos tratamentos para a doença são necessários e que outros estudos maiores do que os dois publicados devem ser realizados.
As cirurgias usadas nos estudos ajudam a controlar o diabetes4 não somente por permitir o emagrecimento, mas também por mudar a anatomia e alterar níveis de hormônios intestinais que afetam o metabolismo6 de açúcar7 e gorduras.
Um dos estudos, conduzido na Universidade Católica de Roma, comparou dois tipos de cirurgia com o tratamento usual para o diabetes4. Ele envolveu 60 pacientes com idades entre 30 e 60 anos, com IMC maior ou igual a 35 kg/m², com história de pelo menos 5 anos de diabetes mellitus1 e com níveis de hemoglobina glicosilada8 maior ou igual a 7%. Eles foram escolhidos aleatoriamente para receber tratamento médico ou uma das duas operações. A primeira operação, bypass gástrico, reduz o estômago5 e reorganiza o trato digestivo de modo que o alimento entra no intestino delgado9 um pouco mais tarde que o habitual. A segunda, derivação biliopancreática, também reduz o estômago5 e altera o intestino delgado9 de uma forma mais extrema, além disso, a vesícula biliar10 é retirada. Depois de dois anos dos procedimentos, a equipe cirúrgica observou uma taxa de remissão de 75% (com o bypass gástrico) e de 95% (com cirurgia biliopancreática). Não houve remissão no grupo que recebeu o tratamento medicamentoso padrão.
O segundo estudo, realizado na Cleveland Clinic, comparou dois tipos de cirurgia com um regime medicamentoso intensivo de tratamento para o diabetes mellitus1. A pesquisa incluiu 150 pacientes obesos (IMC entre 27 e 43 kg/m²), diabéticos com níveis glicêmicos não controlados e com média de hemoglobina glicosilada8 de 9,2%. As idades variaram entre 20 e 60 anos. Os pacientes receberam tratamento médico intensivo, bypass gástrico ou gastrectomia vertical (corta parte do estômago5, reduzindo o seu tamanho e diminuindo a ingestão de alimentos. É uma operação um pouco mais simples e mais segura do que o bypass gástrico e está se popularizando). As taxas de remissão da doença, após um ano do procedimento, foram mais baixas do que as do estudo italiano - 42% (com o bypass gástrico) e 37% (com a gastrectomia vertical) - pelo menos em parte, porque o grupo americano usou uma definição mais estrita da remissão. O tratamento medicamentoso intensivo levou à remissão em 12% dos pacientes.
O Dr. Philip Schauer, que liderou o estudo americano e realizou as cirurgias, disse que as taxas de remissão foram menores do que o esperado. Uma possível razão é que os pacientes tinham diabetes4 muito avançado.
Nenhum dos estudos envolveu a cirurgia conhecida como Banda Gástrica Ajustável, a qual usa um balão inflável de silicone que é colocado na parte superior do estômago5. Este procedimento é completamente reversível, pois não corta nem retira nenhuma parte do estômago5, permitindo a digestão11 e o aproveitamento dos nutrientes.
As publicações envolveram estudos relativamente pequenos, que não ultrapassaram dois anos de seguimento. Os autores dizem que não está claro se a cirurgia pode ajudar os pacientes diabéticos que não são obesos ou não tão pesados quanto os que participaram dos estudos. As cirurgias foram realizadas por cirurgiões altamente qualificados e os resultados com outros cirurgiões podem não ser tão bons. Não houve mortes nos dois estudos, mas houve complicações como infecções, deficiências nutricionais, perda óssea e problemas cirúrgicos que necessitaram de cirurgias repetidas para solucioná-los.
Fonte: NEJM, de 26 de março de 2012

NEWS.MED.BR, 2012. NEJM: cirurgia bariátrica pode ser melhor do que o tratamento convencional do diabetes mellitus para algumas pessoas com a doença. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/291955/nejm-cirurgia-bariatrica-pode-ser-melhor-do-que-o-tratamento-convencional-do-diabetes-mellitus-para-algumas-pessoas-com-a-doenca.htm>. Acesso em: 29 mar. 2012.

domingo, 25 de março de 2012

Acne: como melhorar o aspecto da sua pele?




O que é acne1?
A acne1 é uma doença inflamatória de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença de hormônios sexuais, por isso ela é mais freqüente na adolescência em ambos os sexos. Ela pode surgir na idade adulta, principalmente em mulheres, ou persistir até esta fase.

Por que a acne1 ocorre?
As manifestações clínicas (cravos e espinhas) aparecem devido a um aumento da secreção sebácea associada a uma obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem a lesões abertas (comedões abertos ou cravos pretos) ou a lesões fechadas (comedões fechados ou cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam inflamação2 e infecção3 no local, sendo a bactéria4 Propionibacterium acnes o agente mais envolvido no seu desenvolvimento.

Onde as lesões aparecem?
Os locais mais comuns são a face e o tronco, principalmente no dorso (nas costas), locais ricos em glândulas5 sebáceas.

O que fazer para amenizar o problema?
  • Procure um dermatologista. Este especialista é o médico mais indicado para orientá-lo sobre o que fazer.
  • Não esprema, pressione ou manipule as lesões, pois isso espalha bactérias e aumenta a chance de aparecerem cicatrizes da acne1.
  • Um produto a base de peróxido de benzoíla usado uma ou duas vezes ao dia ajuda a remover as células mortas da pele, as bactérias e a secreção sebácea que obstruem os poros. O dermatologista vai prescrever inicialmente uma concentração mais baixa e ir aumentando gradativamente de acordo com a sua necessidade. Ele também pode optar por outros medicamentos para o seu tipo de pele.
  • Limpeza em excesso pode secar ou irritar a pele sensível do seu rosto. Lave o seu rosto delicadamente, uma ou duas vezes ao dia, com um sabonete suave adequado para o seu tipo de pele, esfregando levemente com a ponta dos dedos. Não use esponjas ásperas, escovas ou grânulos de limpeza.
  • Evite produtos oleosos como cremes ou hidratantes faciais a base de óleo.
  • Use maquiagem não comedogênica, quando for necessário, mas procure manter o rosto livre de produtos químicos.
  • Procure não tocar constantemente o seu rosto.
  • Escolha um protetor solar livre de óleo e use-o diariamente pela manhã, renovando a aplicação na metade do dia. Isso protege a pele contra os efeitos nocivos dos raios solares. O filtro deve ter fator de proteção solar igual ou acima de 15.
  • Ainda não existe comprovação científica de que determinados alimentos causam acne1. A menos que você note uma correlação entre um alimento em particular e as erupções da sua pele, não restrinja a sua alimentação. Mas sempre é bom escolher alimentos como frutas, verduras e legumes devido aos demais benefícios que trazem à saúde.
Existem tipos mais graves de acne1 que precisam de um acompanhamento a longo prazo com um médico dermatologista, como por exemplo a acne1 rosácea. Peça a orientação de um profissional da saúde para cuidar bem da sua pele.

Fonte:ABC.MED.BR, 2010. Acne: como melhorar o aspecto da sua pele?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/pele-saudavel/60767/acne+como+melhorar+o+aspecto+da+sua+pele.htm>. Acesso em: 25 mar. 2012.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Os casos de diabetes tipo 1 estão aumentando globalmente. Será que a obesidade também explica este crescimento?

Os casos de diabetes tipo 1 estão aumentando globalmente. Será que a obesidade também explica este crescimento?
Como aparece o diabetes tipo 11?
O tipo 1, que era conhecido como diabetes juvenil2, é uma doença auto-imune3 na qual o organismo ataca suas próprias células (as células beta do pâncreas4), destruindo a sua capacidade de produzir insulina5.
Como está sendo observado o crescimento da doença no mundo?
O primeiro sinal6 de que o diabetes tipo 11 está aumentando foi observado em 2006 pelo projeto da Organização Mundial de Saúde conhecido como DIAMOND. Este projeto revisou dados de 112 pesquisas sobre diabetes7 em 57 países e mostrou que o diabetes tipo 11 aumentou, em média, 5,3% ao ano na América do Norte, 4% na Ásia e 3,2% na Europa.
Um segundo trabalho, o EURODIAB, comparou a incidência8 de diabetes7 em 17 países e observou não só que o diabetes tipo 11 estava aumentando (cerca de 3,9% ao ano, em média) mas também que este crescimento era mais acentuado em crianças abaixo dos cinco anos de idade.
O que pode explicar o crescimento do diabetes tipo 11?
Mudanças genéticas em um curto período de tempo não explicam este aumento. Os fatores ambientais provavelmente poderão explicar este crescimento, de acordo com Giuseppina Imperatore, coordenadora de uma equipe de epidemiologistas na Division of Diabetes7 Translation do Centers for Disease Control and Prevention.
Os pesquisadores procuram por influências que ocorram globalmente e consideram a possibilidade de certos fatores terem mais importância em algumas regiões do que em outras.
A lista de possibilidades é grande:
Cientistas sugeriram que o glúten, proteína presente no trigo, possa desempenhar um papel neste crescimento, já que os pacientes parecem estar em maior risco para desenvolver a doença celíaca. Além disso, o consumo de glúten proveniente de alimentos altamente processados tem crescido ao longo das décadas.
Os pesquisadores também avaliam quando os bebês9 começam a ser alimentados por raízes, pois os tubérculos armazenados podem ser contaminados por fungos microscópicos que parecem promover o desenvolvimento de diabetes7 em ratos.
Atualmente, o alvo de estudos são as infecções causadas por bactérias, vírus10 ou parasitas. A "hipótese higiênica" propõe que a exposição precoce a infecções ou organismos do solo ensina o sistema imunológico em desenvolvimento a se manter em equilíbrio e o impede de reagir de forma descontrolada num momento posterior da vida, quando encontra alérgenos. Desta forma, viver em condições higiênicas, privando crianças de exposições precoces, pode alimentar uma epidemia de alergias futuras.
A versão da "hipótese higiênica" para o diabetes tipo 11 propõe que quando o sistema imunológico aprende a não reagir exageradamente a alérgenos, também aprende a tolerar compostos estranhos a partir do próprio corpo e, portanto, impede o ataque auto-imune que destrói a capacidade de produzir insulina5, ou seja, impede o ataque às células beta do pâncreas4.
Algumas evidências circunstanciais suportam esta hipótese. Crianças com mais irmãos podem trazer infecções para casa, provindas de creche ou escola; estas crianças são menos propensas a serem hospitalizados por diabetes tipo 11. A doença também é menos comum em crianças que frequentam creches e, de acordo com pesquisas, mais comum em camundongos criados em ambientes estéreis.
Christopher Cardwell, professor de estatística médica da Universidade de Queen, em Belfast, realizou uma meta-análise de associações entre o diabetes tipo 11 e ordem de nascimento, idade materna no parto e nascimento por cesariana, os quais afetam os organismos a que as crianças são expostas. "Todos estes fatores pareciam estar associados", diz ele, "mas todos eles foram associações bastante fracas. Nenhuma delas foi de uma magnitude que poderia explicar a incidência8 crescente ao longo do tempo.
O que dizem as pesquisas mais recentes?
Recentemente, as pesquisas para explicar o aumento do diabetes tipo 11 tomaram um rumo inesperado. Alguns pesquisadores estão reconsiderando o papel de antigos adversários: o sobrepeso11 e a obesidade12.
Essa suspeita pode parecer contraditória, dado que estar acima do peso colabora para a produção de grandes quantidades de insulina5 (como no tipo 2), e não pouca insulina5. Mas alguns pesquisadores afirmam que o estresse de produzir tanta insulina5 pode esgotar as células beta do pâncreas4 e colaborar para que uma criança cujas células beta já estão sob estresse desenvolva o diabetes tipo 11. Essa ideia, chamada de "hipótese aceleradora ou de sobrecarga", propõe que "se uma criança é gordinha, a adiposidade extra irá desafiar as células beta do pâncreas4", diz Rebecca Lipton, professora emérita da Universidade de Chicago. "Em uma criança que já iniciou o processo auto-imune, as células beta vão apenas falhar mais rapidamente, porque elas estão sendo forçadas a colocar para fora mais insulina5 do que uma criança magra coloca", afirma.
Qual é o objetivo de conhecer melhor o crescimento desta doença?
Os cientistas querem fazer mais do que apenas explicar o aumento do diabetes tipo 11, eles querem evitar este crescimento. Infelizmente, se o excesso de peso é um dos principais contribuintes para o problema, essa tarefa não será fácil. Ninguém, até agora, tem sido capaz de diminuir a epidemia de obesidade12 global. Pesquisadores da Universidade Johns Hopkins estimam que em 2048, todos os adultos americanos terão excesso de peso. Pelo menos se as tendências atuais se mantiverem.
Por isso é tão importante criar crianças (para não mencionar os adultos) fisicamente ativas, que se alimentem de maneira saudável e mantenham o peso corporal dentro de parâmetros considerados normais para a idade.

Fonte: ABC.MED.BR, 2012. Os casos de diabetes tipo 1 estão aumentando globalmente. Será que a obesidade também explica este crescimento?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/258630/os+casos+de+diabetes+tipo+1+estao+a.htm>. Acesso em: 7 fev. 2012.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Sabe quem pode estar escondido na sua escova de dentes?


Estudos têm demonstrado que escovas de dentes se tornam menos eficientes na remoção da placa de seus dentes e gengivas após três meses de uso regular. Além disso, é muito importante trocar de escova regularmente devido ao aumento da proliferação de bactérias após determinado período. É por isso que os dentistas recomendam substituir sua escova de dentes pelo menos a cada três meses.

Como posso cuidar da minha escova dental e evitar bactérias?

  • • Certifique-se de deixar a sua escova secar entre usos.
  • • Depois de usar sua escova, agite vigorosamente sob água corrente e guarde-a em uma posição vertical para que ela possa secar.
  • • Evite que sua escova se encoste em outras quando guardada, para evitar que as bactérias se propaguem de uma escova para outra.
  • • Evite guardar sua escova em lugares fechados e abafados, pois a umidade pode aumentar a proliferação de bactérias.
  • • Trocar sua escova dental após qualquer tipo de virose para evitar a nova infecção.

Com que freqüência devo trocar minha escova?

A maioria dos dentistas recomenda a troca de sua escova a cada três meses.
Estudos mostram que após três meses de uso normal, as escovas são muito menos eficientes na remoção da placa dos dentes e gengiva em comparação com escovas novas. As cerdas se deformam e perdem a eficiência para limpar todos os cantos ao redor dos dentes.
É muito importante trocar de escova regularmente devido ao aumento da proliferação de bactérias após determinado período. Além disso é muito importante que seja realizada a troca depois de uma gripe ou resfriado para diminuir o risco de nova infecção por meio dos germes que aderem às cerdas.

Gostaria de saber quando a sua escova de dentes deve ser trocada?

Cadastre suas informações para receber os nossos lembretes de troca de escova, por e-mail, a cada três meses. Acione o link abaixo:
http://www.colgateapp.com/prof/br/banners/crosslink/redirect.asp?prod=News&target=PROMO

Fonte: http://www.colgate.com.br/app/Colgate/BR/OC/Products/Toothbrushes/Lembrete-Escovas/Dicas-sobre-Escova-Dental.cvsp

sábado, 21 de janeiro de 2012

O que afeta o comportamento da sua glicemia?


O que afeta o comportamento da sua glicemia?Pessoas com diabetes mellitus1 devem monitorizar os seus níveis de glicose2 (açúcar3) no sangue4. O uso de insulina5 e de algumas medicações podem modificar o comportamento da glicose2 no sangue4, mas pouco ainda se sabe sobre os outros fatores que alteram a glicemia6.
A American Diabetes7 Association relatou alguns fatores que podem afetar o comportamento da glicemia6 de pacientes diabéticos. São eles:
  • As comidas ingeridas pelos diabéticos.
  • O quanto as pessoas se exercitam ou não se exercitam.
  • Em qual local do corpo a insulina5 é injetada.
  • O momento do dia em que a insulina5 é injetada.
  • Estar doente ou não.
  • Estar vivendo sob estresse.
ABC.MED.BR, 2012. O que afeta o comportamento da sua glicemia?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/diabetes-mellitus/255190/o+que+afeta+o+comportamento+da+sua.htm>. Acesso em: 21 jan. 2012.

sábado, 7 de janeiro de 2012

Exercício físico durante a gravidez não previne diabetes gestacional


O estudo publicado pelo periódico Obstetrics & Gynecology teve o objetivo de avaliar se o exercício durante a gravidez1 pode prevenir o diabetes gestacional2 e melhorar a resistência à insulina3.
Um total de 855 mulheres entre a 18a. e 22a. semanas de gestação foram aleatoriamente designadas a fazer 12 semanas de exercício padrão (grupo de intervenção) ou cuidados pré-natais padrão (grupo controle). O programa de exercícios seguiu as recomendações de intensidade moderada, sendo realizado por três ou mais dias da semana. Os desfechos primários avaliados foram o diabetes gestacional2 e a resistência à insulina3.
Como resultado, foi verificado que entre a 32a. e 36a. semanas de gestação não houve diferenças entre os grupos na prevalência4 de diabetes gestacional2: 25 de 375 (7%) no grupo de intervenção em comparação com 18 de 327 (6%) no grupo controle. Também não houve diferenças na resistência à insulina3 entre os grupos.
Não houve evidência de que a realização de 12 semanas de exercício padrão durante a segunda metade da gravidez1 previna o diabetes gestacional2 ou melhore a resistência à insulina3 em mulheres grávidas saudáveis, com índice de massa corporal5 normal.


Fonte: Obstetrics & Gynecology - Volume 1, de janeiro de 2012
NEWS.MED.BR, 2011. Exercício físico durante a gravidez não previne diabetes gestacional, em trabalho publicado pelo periódico Obstetrics & Gynecology. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/253060/exercicio+fisico+durante+a+gravidez.htm>. Acesso em: 8 jan. 2012.