segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine

Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine
Estudo randomizado avalia efeito de leguminosas como parte de uma dieta de baixo índice glicêmico no controle da glicemia e de fatores de risco cardiovasculares em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
Jenkins e coautores, da Universidade de Toronto, no Canadá, realizaram um estudo sobre alimentos com baixo índice glicêmico no diabetes mellitus tipo 2, tendo como foco as leguminosas ou uma dieta com alto teor de fibras. A pesquisa controlada por placebo foi publicada pelo Archives of Internal Medicine.
Leguminosas incluindo feijão, grão de bico e lentilha estão entre os alimentos de menor índice glicêmico (IG) e têm sido recomendados nas Diretrizes sobre Diabetes Mellitus (DM). No entanto, elas ainda não foram utilizadas especificamente para reduzir o índice glicêmico da dieta.
Um total de 121 participantes com diabetes mellitus (DM) tipo 2 foram randomizados para uma dieta rica em leguminosas de baixo IG, encorajando os participantes a aumentar a ingestão de leguminosas em pelo menos um copo por dia ou a aumentar a ingestão de fibra insolúvel pelo consumo de produtos com trigo integral por 3 meses. O desfecho primário foi a alteração nos valores da hemoglobina A1c (HbA1c) calculando-se secundariamente o escore de risco de doenças cardíacas coronarianas (CHD).
Os resultados da dieta rica em leguminosas de baixo IG reduziu os valores de HbA1c em 0,5% e os da dieta rica em fibras de trigo reduziu os valores de HbA1c em 0,3%. A redução relativa nos valores de HbA1c após a dieta leguminosa de baixo IG foi maior do que após a dieta rica em fibra de trigo. A redução do risco de doença coronariana com a dieta de leguminosas de baixo IG foi de 0,8%, em grande parte devido a uma maior redução relativa da pressão arterial sistólica, em comparação com a dieta rica em fibra de trigo.
A incorporação de leguminosas como parte de uma dieta de baixo IG melhorou tanto o controle glicêmico, quanto reduziu o risco calculado de doenças coronarianas em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.
Fonte: Archives of Internal Medicine, publicação online, de outubro de 2012

NEWS.MED.BR, 2012. Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/323940/leguminosas-em-dieta-de-baixo-indice-glicemico-melhoram-controle-glicemico-e-reduzem-risco-de-doencas-coronarianas-em-diabeticos-tipo-2-segundo-artigo-do-archives-of-internal-medicine.htm>. Acesso em: 29 out. 2012.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Anvisa publica lista de alimentos com alto teor de sódio. Biscoito de polvilho e queijo branco estão entre eles

Anvisa publica lista de alimentos com alto teor de sódio. Biscoito de polvilho e queijo branco estão entre eles
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda o consumo máximo de 2 gramas (g) de sódio por dia. Um pacote de biscoito de polvilho de 100 g possui, em média, mais da metade de toda a quantidade de sódio que uma pessoa deve consumir durante todo o dia. É o que aponta um estudo divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O hambúrguer bovino também apresentou um alto teor de sódio: na média 701 mg de sódio para cada 100 g de produto. Isso significa que um pedaço de carne de hambúrguer (cerca de 80 g) é responsável por mais de ¼ do total de sódio que uma pessoa deve consumir durante todo o dia.
O estudo da Anvisa também analisou os teores de sódio nos queijos. Uma amostra do queijo parmesão apresentou o maior valor absoluto de sódio, entre todas as 500 amostras da pesquisa, e atingiu a marca de 3052 mg do nutriente para cada 100 g do produto. Em segundo lugar, ficou a versão ralada do queijo parmesão. Neste caso, em uma das amostras, o teor de sódio encontrado foi de 2976 mg para cada 100 g de produto. A média de sódio no parmesão foi de 1402 mg a cada 100 g de produto. No caso do parmesão ralado, esse valor sobe para 1981 mg, valores muito superiores à média de sódio nos demais tipos de queijo analisados.
Outro ponto avaliado pela pesquisa foi a variação do teor de sódio entre as diversas marcas de um mesmo alimento. Neste quesito, os queijos minas frescal, parmesão e a ricota fresca lideraram a lista. Essa variação na quantidade de sódio entre as diversas marcas reafirma a necessidade dos consumidores de observarem os rótulos dos alimentos industrializados.
A média do teor de sódio no macarrão instantâneo ficou em 1798 mg para cada 100 g do alimento. Esse valor está dentro do pactuado, em abril de 2011, entre o Ministério da Saúde e as associações das indústrias de alimentos para reduzir a quantidade de sódio nesses alimentos. O acordo prevê o valor máximo de 1920,7 mg de sódio para cada 100 g de macarrão instantâneo. Entretanto, o estudo da Agência também detectou problemas. Em termos de valor absoluto, o valor máximo de sódio encontrado em uma amostra de macarrão instantâneo foi de 2.160 mg para cada 100g de alimento, valor maior do que o acordado entre as indústrias e o Ministério da Saúde. Vale lembrar que, neste caso, já está contabilizada a quantidade de sódio presente do tempero pronto que acompanha esses alimentos.
O consumo excessivo de sódio é considerado um fator de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas, tais como cardiopatias, obesidade, neoplasias, diabetes mellitus, entre outras. “Se atingíssemos a meta da OMS seria possível reduzir em 15% os óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) e em 10% os óbitos por infarto”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, Agenor Álvares.
Algumas orientações para reduzir o sal na dieta:
  • Além de observar o rótulo dos alimentos industrializados, a Anvisa orienta que o consumidor experimente os alimentos antes de adicionar mais sal.
  • Diminuir gradativamente o sal nos alimentos. O paladar se adapta à redução gradual da quantidade de sal nos alimentos, por isso, isso não vai afetar a percepção do sabor dos alimentos.
  • Lembrar que alimentos frescos sempre têm menos sal. Por isso, é necessário equilibrar as refeições com saladas e frutas.
  • A população deve utilizar outros temperos naturais como ervas aromáticas, alho, cebola, pimenta, limão, vinagre e azeite para temperar e valorizar o sabor natural dos alimentos, evitando o uso excessivo de sal. “A redução do consumo de sal pode ser iniciada com atos simples, como a retirada do saleiro da mesa”, complementa Álvares.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2001, 60% do total das 56,5 milhões de mortes notificadas no mundo foi resultado de doenças crônicas não transmissíveis. Além disso, o aumento da pressão arterial no mundo é o principal fator de risco de morte e o segundo de incapacidades por doenças cardíacas, acidente cérebro vascular e insuficiência renal.
Dados do IBGE indicam que, em 2009, uma em cada três crianças brasileiras na faixa de 5 a 9 anos estava com sobrepeso, sendo que a obesidade atingiu 16,6% dos meninos e 11,8% das meninas. Durante o período de 1974 a 2009, a prevalência de sobrepeso em crianças e adolescentes, entre 10 e 19 anos, passou de 3,7% para 21,7% no sexo masculino e de 7,6% para 19,4% no sexo feminino. Nesse mesmo período, o sobrepeso na população adulta masculina passou de 18,5% para 50,1%, enquanto que na feminina foi de 28,7% para 48%.
 Veja a íntegra do estudo da Anvisa em:
 http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/9155f6804d19a2fb9bb8ff4031a95fac/INFORME+T%C3%89CNICO+2012-+AGOSTO.pdf?MOD=AJPERES

Fonte: Anvisa
NEWS.MED.BR, 2012. Anvisa publica lista de alimentos com alto teor de sódio. Biscoito de polvilho e queijo branco estão entre eles. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/saude/322800/anvisa-publica-lista-de-alimentos-com-alto-teor-de-sodio-biscoito-de-polvilho-e-queijo-branco-estao-entre-eles.htm>. Acesso em: 24 out. 2012.