sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Osteoporose é problema também para homem

A união entre fatores hereditários, hábitos pouco saudáveis e o inevitável envelhecimento podem trazer consequências, muitas vezes, irreversíveis. É o caso da osteoporose, que muitos acreditam ser tipicamente feminina. Isso porque, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% das mulheres com mais de 50 anos são atingidas.
Osteoporose é problema também para homemApesar de ser em menor porcentagem, o sexo masculino não está livre da doença: 10% dos homens, na faixa dos 50 anos, também desenvolve o problema. "Certamente os números são maiores, pois a osteoporose no homem é subdiagnosticada", enfatiza o dr. José Goldenberg, reumatologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).
Embora tenha ossos mais fortes e largos, a combinação entre a perda natural de elementos minerais, baixa produção de hormônios masculinos (testosterona), histórico familiar e os maus hábitos de vida também afeta o sexo masculino, à medida que o volume da massa óssea é reduzido. "Com essas características, os ossos tornam-se mais finos e de extrema sensibilidade, com prejuízo de sua arquitetura. Dependendo do impacto, ficam mais sujeitos às fraturas", alerta o dr. Goldenberg.
A osteoporose no sexo masculino pode ser mais agressiva e perigosa do que no feminino, pois o pico de massa óssea (reserva de osso) ocorre entre 18 e 40 anos – mais tarde que na mulher, quando o pico fica entre 14 e 30 anos. Segundo o dr. Goldenberg, essa reserva tardia faz com que, depois dos 40 anos, o homem perca, a cada quatro anos, cerca de 10% do osso cortical, a camada mais externa e mais resistente, portanto a proteção.

Tipos de osteoporose

Osteoporose idiopática: atinge homens dos 20 aos 80 anos, com maior incidência depois dos 70 anos. Não há causa identificada para esse tipo da doença.
Osteoporose secundária: responsável por cerca de 30% a 60% das fraturas da coluna vertebral. Atinge homens de qualquer idade. Nesse caso, existem fatores de risco associados à perda e à modificação dos ossos.

Fatores de risco

Além do envelhecimento e do desgaste natural dos ossos, outros motivos podem ajudar a acelerar a doença, que atinge homens em qualquer idade. São dois tipos de fatores de risco:

Fixos

  • Idade
  • Constituição corpórea
  • Raça/etnia
  • Histórico familiar
  • Sexo

Modificáveis

  • Alcoolismo
  • Tabagismo crônico
  • Redução da taxa do hormônio masculino (testosterona)no organismo
  • Doenças reumáticas (artrite, por exemplo)
  • Transplante de órgão
  • Sedentarismo
  • Hipertireoidismo
  • Hiperparatireoidismo
  • Cirrose hepática
  • Doenças inflamatórias intestinais
  • Diabetes
  • Imobilização prolongada
  • Uso excessivo de medicamentos (como anticonvulsivantes, heparina, cortisona, hormônios tiroideanos, entre outros)

Prevenir é possível

A osteoporose deve ser prevenida. Os fatores de risco permanentes não podem ser evitados; entretanto, alguns cuidados ajudam a retardar o desenvolvimento da osteoporose, em razão dos fatores modificáveis.
Um ótimo caminho é começar pela alimentação balanceada, ingerir principalmente cálcio e vitamina D ou um banho de sol, pois ajudam a fortalecer e retardar a perda de massa óssea.
As atividades mais recomendadas são as que trabalham o equilíbrio, a resistência e o fortalecimento da massa muscular. Com isso, é possível prevenir quedas e eventuais fraturas
Outras formas de prevenção consistem em suspender o tabagismo, consumir moderadamente bebidas alcoólicas, café, chá e tomar medicamentos apenas com indicação médica. O mais importante é praticar exercícios físicos regularmente. “As atividades mais recomendadas são as que trabalham o equilíbrio, a resistência e o fortalecimento da massa muscular. Com isso, é possível prevenir quedas e eventuais fraturas”, sugere o dr. Goldenberg.
Essa doença demonstra poucos sintomas. Se não forem feitos exames preventivos para o seu diagnóstico, pode passar despercebida. “Quando ocorrem fraturas ou microfraturas, a pessoa sente dores agudas no local; assim, é possível desconfiar que o caso possa ser de osteoporose”, orienta o reumatologista. Outra forma de identificar a doença é quando a pessoa começa a ficar corcunda e perde altura progressivamente.

Tratamento sob medida

É possível descobrir a doença por meio da avaliação dos fatores de risco e de alguns exames, como o de densitometria óssea, que mede a massa óssea do possível portador. Com o resultado faz-se um pré-diagnóstico do grau de risco de fratura do paciente.
O tratamento é individualizado, dependendo de cada caso e deve sempre ser supervisionado por um especialista. “É possível prevenir e tratar a osteoporose, inibindo a perda de massa óssea ou estimulando sua formação, mas isso deve ser discutido apenas com o médico”, enfatiza o dr. Goldenberg.

Fonte:  http://www.einstein.br/einstein-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/osteoporose-e-problema-tambem-para-homem.aspx

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Prevalência de periodontite.

Cerca de metade dos adultos americanos com 30 anos ou mais tem alguma forma de doença periodontal, de acordo com dados recentes do Centro de Controle de Doenças e Prevenção (CCDP).

 

“A doença periodontal é um importante problema de saúde pública nos Estados Unidos”, disse o estudo publicado no Journal of Dental Research , publicação oficial da Associação Internacional e Americana para Pesquisa Odontológica.
“Este estudo permitiu notar um quadro mais preciso do nível de ocorrência da doença periodontal na população adulta dos EUA”, disse Pamela McClain, presidente da Academia Americana de Periodontia e periodontista, em Aurora, Colorado.
“Nós agora temos uma medida precisa da prevalência da doença periodontal e podemos entender melhor a real gravidade e extensão da doença periodontal para o nosso país.”
Imaginem que 47,2% da população americana ou 64,7 milhões de americanos, sofrem de periodontite leve, moderada ou grave – de acordo com uma análise de dados coletados entre 2009-2010 pelo CCDP. As taxas de prevalência sobem para algo em torno de 70% de periodontites para os adultos acima de 65 anos.
Os dados indicam também disparidades de prevalência. A doença periodontal é maior em homens do que em mulheres, respectivamente 56,4 e 38,4%.
É mais alta nos mexicano-americanos (66,7%), do que em outras etnias. A taxa de prevalência é de 64,2% para os fumantes, 65,4% para os adultos que vivem abaixo da linha de pobreza e 66,9% para adultos que não tiveram acesso a educação.
A pesquisa incluiu, pela primeira vez um exame periodontal de boca toda, tornando esse o mais completo levantamento sobre saúde bucal já realizado nos Estados Unidos”, disse um comunicado de imprensa da Academia Americana de Periodontia (AAP).
Os dados corroboram a necessidade das pessoas realizarem avaliações periodontais mais abrangentes, no mínimo, anuais com um profissional da odontologia para terem chances de prevenir a evolução drástica estimada pelo estudo – recomendam os especialistas da AAP.
Isso inclui o exame todos os dentes e um exame periodontal clínico rigoroso, disse o Dr. McClain. “Muitos dos nossos pacientes têm doença periodontal e não sabem. Como profissionais de odontologia e saúde, é mais importante do que nunca oferecer aos pacientes uma avaliação periodontal anual para determinar o seu estado de saúde ou doença bucal “.
“Avaliamos uma alta carga de doença periodontal na população dos EUA, especialmente entre os adultos acima de 65 anos”, disse Paul Eke, Ph.D., autor principal do estudo e epidemiologista do CCDP.
“A doença periodontal também está associada com a idade. Como os americanos e populações de outros países vivem mais e desejam manter mais de seus dentes naturais, o controle da doença periodontal deve assumir um papel de mais importância na saúde bucal da população adulta dos EUA, do que antes se imaginava.
Manter um bom estado periodontal é importante para a saúde e o bem-estar da nossa população em fase de envelhecimento. Nossos resultados suportam a necessidade de programas de saúde pública para melhorar a saúde bucal de adultos… “, afirmou o Dr. Eke.
“Nós sabemos agora que a doença periodontal é uma das mais prevalentes doenças não transmissíveis da nossa população superando outras doenças crônicas como as doenças cardiovasculares e o diabetes”, disse o coautor Dr. Robert Genco, Professor Emérito da Universidade do Estado de Nova York em Buffalo e IADR.
Estudos NHANES são projetados para avaliar a saúde e estado nutricional de adultos e crianças nos Estados Unidos. O estudo “Prevalência de periodontite em adultos nos Estados Unidos: 2009 e 2010″, estimou a prevalência, gravidade e extensão da periodontite na população dos EUA adulto.
As estimativas foram obtidas a partir de uma amostra de 3.742 civis, não institucionalizados adultos entre 30 anos e mais velhos com um ou mais dentes naturais.

Adaptado de Craig Palmer pelo Prof. Rodrigo G. B. Moraes.
Fonte: http://www.odontomagazine.com.br/2012/11/26/prevalencia-de-periodontite/