sábado, 17 de setembro de 2011

Remédio Victoza não deve ser usado para emagrecimento estético.

Victoza (liraglutida): Anvisa esclarece sobre as indicações do medicamento

Victoza (liraglutida): Anvisa esclarece sobre as indicações do medicamento
A Diretoria Colegiada da Anvisa faz esclarecimentos para veículos de imprensa e para instituições ligadas à saúde (como o Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems) e Conselho Federal de Farmácia) sobre as indicações do medicamento Victoza (liraglutida), e afirma que a medicação é indicada para o tratamento de diabetes tipo 21 e não deve ser usada para emagrecimento.
Em nota, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) esclarece que o Victoza é um produto “biológico”. Ou seja, trata-se de uma molécula de alta complexidade, de uso injetável, contendo a substância liraglutida. O medicamento, fabricado pelo laboratório Novo Nordisk, foi aprovado pela Anvisa para comercialização no Brasil em março de 2010, com a finalidade de uso específico no tratamento de diabetes tipo 21. Portanto, seu uso não é indicado para emagrecimento.
A indicação de uso do medicamento aprovada pela Anvisa é como “adjuvante da dieta e atividade física para atingir o controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus2 tipo 2, para administração uma vez ao dia como monoterapia ou como tratamento combinado com um ou mais antidiabéticos orais3 (metformina4, sulfoniluréias5 ou uma tiazollidinediona), quando o tratamento anterior não proporciona um controle glicêmico adequado”.
A agência ainda esclarece que trata-se de um medicamento “biológico novo” e, embora pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos, que nesses casos devem ser informados ao médico.
Em estudos clínicos e nos relatórios apresentados à Anvisa foram relatados eventos adversos associados ao Victoza (liraglutida), sendo os mais frequentes: hipoglicemia6, dores de cabeça, náusea7 e diarreia. Além destes eventos destacam-se outros riscos, tais como: pancreatite8, desidratação9 e alteração da função renal10 e distúrbios da tireoide11, como nódulos e casos de urticária12.
Outra questão de risco associada aos produtos biológicos são as reações de imunogenicidade, que podem variar desde alergia13 e anafilaxia14 até efeitos inesperados mais graves. No caso da liraglutida, a mesma apresentou um perfil de imunogenicidade aceitável para a indicação como antidiabético.
Para o caso de inclusão de novas indicações terapêuticas deve-se apresentar estudo clínico Fase III comprovando a eficácia e segurança desta nova indicação.
Fonte: Anvisa
Leia a reportagem completa em:
Anvisa reforça esclarecimentos sobre medicamento Victoza
NEWS.MED.BR, 2011. Victoza (liraglutida): Anvisa esclarece sobre as indicações do medicamento. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/pharma-news/234360/victoza+liraglutida+anvisa+esclarec.htm>. Acesso em: 17 set. 2011.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pandemia de diabetes: um em cada quatro americanos já tem diabetes mellitus


Na 71ª reunião da American Diabetes1 Association (ADA) em San Diego, EUA, em junho de 2011, foi anunciado que um em cada quatro adultos americanos está com diabetes mellitus2.
Em 25 de junho deste ano, o periódico The Lancet publicou um artigo de Goodarz Danaei e colaboradores dizendo que o diabetes mellitus alcançou proporções alarmantes no mundo. Nos 199 países analisados, que incluíram 2,7 milhões de pessoas, o número estimado de diabéticos dobrou nas últimas três décadas – de 153 milhões em 1980 para 347 milhões em 2008. Embora 70% do aumento observado seja atribuído ao crescimento e ao envelhecimento populacionais, o número também reflete uma mudança negativa no estilo de vida com má alimentação e sedentarismo, e obesidade3 como resultado.
A obesidade3 é um importante fator de risco4 para o diabetes mellitus2 tipo 2. Uma vez que a obesidade3 aumenta no mundo todo, o diabetes mellitus2 tende a piorar.
O mais alarmante é que a obesidade3 infantil também está aumentando. Nos EUA, 10% dos bebês5 e das crianças estão com excesso de peso e mais de 20% das crianças com idades entre 2 e 5 anos estão com sobrepeso6 ou obesas. Estes dados são do relatório US Institute of Medicine's Early Childhood Obesity Prevention Policies, que foi publicado em junho de 2011.
O estudo clínico Early ACTivity In Diabetes1 (Early ACTID) mostra que orientações sobre dieta, com ou sem aumento de atividades físicas, pode prevenir um declínio do controle glicêmico em pacientes adultos com diabetes mellitus2 tipo 2. Os benefícios desta intervenção simples, baseada no ajuste do estilo de vida, chama a atenção pela importância na educação dos pacientes. Estudos tentam mostrar se esta mesma orientação feita aos pais de crianças diabéticas ou para crianças com diabetes tipo 27 terão os mesmos efeitos positivos na prevenção da doença.
Benefícios são vistos quando os indivíduos são mais bem informados sobre fatores de risco e sintomas8 precoces da doença, o que enfatiza a prevenção primária, o rastreamento e a intervenção precoce quando necessária.
Em 2030, a expectativa para o número de diabéticos no mundo é de 472 milhões. Cerca de 80% deles estarão em países de baixa e média rendas. Nestas regiões, medicamentos hipoglicemiantes9 e insulina10 são frequentemente inacessíveis ou são muito caros e os sistemas de saúde locais não têm pessoal e capacidade financeira para enfrentar o problema. Esta situação precisa mudar.

Fonte: The Lancet, Volume 378, de 9 de julho de 2011
NEWS.MED.BR, 2011. Pandemia de diabetes: um em cada quatro americanos já tem diabetes mellitus. Disponível em: <http://www.news.med.br/p/medical-journal/228670/pandemia+de+diabetes+um+em+cada+qua.htm>. Acesso em: 14 set. 2011.